O design de parques infantis é uma disciplina especializada que combina princípios do desenvolvimento infantil, engenharia de segurança, estética ambiental e planejamento funcional para criar espaços de brincadeira envolventes, inclusivos e seguros para crianças de todas as idades e habilidades. Esse processo envolve equilibrar criatividade com praticidade, garantindo que o parque atenda às necessidades dos usuários enquanto se integra harmoniosamente ao seu entorno. No cerne do design de parques infantis está o zoneamento apropriado por faixa etária, onde o espaço é dividido em áreas distintas adaptadas aos estágios de desenvolvimento de diferentes grupos etários. As zonas para bebês (1–3 anos) focam na exploração sensorial e no desenvolvimento das habilidades motoras, apresentando equipamentos baixos e macios, como tapetes acolchoados, escorregadores pequenos e mesas sensoriais com superfícies texturizadas. As zonas pré-escolares (3–5 anos) introduzem brincadeiras mais estruturadas com estruturas pequenas para escalar, balanços e áreas de faz-de-conta que incentivam a interação social e a imaginação. As zonas para crianças em idade escolar (6–12 anos) incluem elementos desafiadores, como paredes altas para escalar, barras horizontais (monkey bars) e circuitos de obstáculos que desenvolvem força, coordenação e habilidades de resolução de problemas. A inclusão é um princípio fundamental, com elementos de design que garantem que crianças com deficiências possam participar plenamente. Isso inclui caminhos acessíveis (com largura suficiente para cadeiras de rodas), rampas para estruturas elevadas, balanços adaptativos e espaços sensíveis ao sistema sensorial, com redução de ruído e iluminação. O design inclusivo não apenas amplia o acesso, mas também promove empatia e compreensão entre todas as crianças. A segurança é integrada a cada decisão de design, desde a seleção de equipamentos (bordas arredondadas, fixação segura) até o revestimento do piso (materiais absorventes de impacto, como borracha picada ou revestimento contínuo injetado no local) e o layout (linhas de visão claras para supervisão, separação entre zonas ativas e passivas para evitar colisões). O design deve obedecer às normas internacionais (ASTM, EN, ISO) para minimizar os riscos de lesões. A estética e a integração ambiental aumentam o apelo do parque infantil, incorporando elementos naturais (árvores, jardins, características aquáticas) para conectar as crianças à natureza, além de elementos temáticos (murais, esculturas ou estruturas personalizadas) que estimulam a imaginação. O design também considera fatores práticos, como drenagem (para parques ao ar livre), sombra para conforto e durabilidade para resistir ao uso intenso e às condições climáticas. Ao combinar um design centrado na criança com segurança, inclusão e sensibilidade ambiental, o design de parques infantis cria espaços que inspiram brincadeiras, aprendizado e conexão social.